O II ENCONTRO UNIVERSIDADE-EMPRESA DE SHERPA DO MAR PROMOVE SINERGIAS ENTRE O TECIDO EMPRESARIAL E A COMUNIDADE CIENTÍFICA DA EURORREGIÃO

Com o objetivo de promover a transferência de conhecimentos no setor marinho-marítimo da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal como fonte de melhoria da competitividade, realizou-se esta quarta-feira a jornada central, de carácter informativo, do II Encontro Universidade-Empresa do Sherpa do Mar. Especialistas da área marítima-marinha centraram as suas intervenções online na inovação e empreendedorismo no âmbito da pesca, aquicultura e processamento, bem como nas alterações climáticas, biodiversidade marinha e sustentabilidade ambiental, energética e produtiva. O encontro, organizado pelo projeto Poctep, liderado pelo grupo Rede da Universidade de Vigo, completa-se com encontros Business to Business (B2B), ontem, hoje e amanhã, abertos a empresas, comunidade de investigação e particulares. 

“O objetivo deste segundo evento organizado pelo Sherpa do Mar é criar um ponto de encontro entre a comunidade de investigação e o mundo empresarial, que promova a transferência de conhecimentos no setor marinho-marítimo na Eurorregião. Neste sentido, os encontros ligam empresas e mesmo particulares aos gabinetes de transferência de universidades galegas e portuguesas (UVigo, USC, UDC e Porto) e ao Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), que irán atender a consultas de âmbito técnico-científico, transferência de conhecimento e resultados de investigação”, detalham os responsáveis ​​do Sherpa do Mar. 

Testemunhas de pessoas experientes e experiências de projetos 

Joana Resende, vice-reitora da Universidade do Porto para o Planeamento, Empreendedorismo e Transferência de Conhecimento, foi a responsável por inaugurar esta quarta-feira o dia central do II Encontro Universidade-Empresa do Sherpa do Mar. Resende sublinhou na sua intervenção a importância dos temas abordados no encontro "que se encontram nas prioridades das agendas de investigação", bem como o carácter transfronteiriço do projeto Sherpa do Mar com uma forte colaboração das nossas universidades da Galiza e Norte de Portugal, que é fundamental para a consolidação das nossas instituições de ensino superior e para a reafirmação da economia do mar na Eurorregião ”.

Por seu turno, Isabel Sousa Pinto, professora do Departamento de Biologia da Universidade do Porto, foi a primeira a falar na conferência intitulada A Aquicultura e a Restauração dos Ecossistemas Marinhos para o Combate às Alterações Climáticas. Em seguida, a coordenadora da Área Socioeconômica da Pesca do Centro Tecnológico do Mar, CETMAR, Rosa Chapela, focou na participação do setor pesqueiro em projetos europeus, enquanto Carlos Pereira, diretor do Instituto de Aquicultura da USC, forneceu as chaves para uma interação eficaz universidade-empresa. Francisco Arenas, investigador principal da equipa de Ecologia Bentónica de CIIMAR, centra a sua intervenção nas últimas florestas marinhas, enquanto a sua sócia Cláudia Serra em CIIMAR se aprofunda em soluções à medida para a aquicultura. Por seu lado, João Tasso de Sousa, professor do Departamento de ECE e chefe do Laboratório de Sistemas e Tecnologias Submarinas (LSTS) - FEUP, falou sobre robótica marinha, e Samuel Méndez, CEO da Vigo Activo, abordou as características do venture capital como ferramenta de investimento. Pablo Fernández Piñeiro foi o responsável pelo encerramento do ciclo de intervenções com uma exposição sobre a história de sucesso da Frigoríficos Mar da Pobra, empresa por si fundada e da qual é Administrador Delegado. 

O dia terminou com uma breve apresentação de alguns dos projetos que estão a ser acelerados no programa de apoio ao empreendedorismo Sherpa Journeys do Sherpa do Mar. É o caso da Blue Bioprana, que procura transferir soluções biotecnológicas para o tratamento e gestão da matéria orgânica da agroindústria para a aquicultura; Fish & Food Technology, que propõe o uso de blockchain para melhorar a rastreabilidade e segurança alimentar de produtos pesqueiros e MytUniSex, voltada para a produção de linha unissex de mexilhão em larga escala.

O ciclo de eventos organizados no âmbito do Sherpa do Mar termina com um terceiro encontro, que terá lugar no próximo mês de novembro.

Fonte: DUVI